Acredite se quiser
Acredite se quiser
Notícias surpreendentes lá de fora: o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, propôs hoje (19/12/08) a demissão de todo o Governo, na sequência de acusações de alegadas (alegadas, imagine-se!) pressões sobre a justiça. Leterme nega qualquer pressão sobre o poder judiciário e apenas admite ter feito "contactos"; Michael Martin, presidente da Câmara dos Comuns, anunciou hoje (19/05/09) a demissão, após acusações de alegadamente (alegadamente, pasme-se) ter consentido alegados (só alegados) abusos nas despesas de representação de alguns deputados; dois membros da Câmara dos Lordes foram hoje (20/05/09) suspensos (suspensos, a democracia inglesa está maluca!) por alegadamente (outra vez só alegadamente) terem aceitado dinheiro para votar projectos de lei.
Nenhum deles foi, pasme-se de novo, condenado por sentença transitada em julgado, e mesmo assim, pasme-se ainda mais, tiraram consequências políticas de alegações fundamentadas que os visavam. Então e aquela coisa da "presunção de inocência"? As democracias belga e inglesa têm que comer muita papa Maizena para chegarem aos calcanhares da nossa...
Crónica de Manuel António Pina no Jornal de Notícias, que reproduzo com vénia.
Notícias surpreendentes lá de fora: o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, propôs hoje (19/12/08) a demissão de todo o Governo, na sequência de acusações de alegadas (alegadas, imagine-se!) pressões sobre a justiça. Leterme nega qualquer pressão sobre o poder judiciário e apenas admite ter feito "contactos"; Michael Martin, presidente da Câmara dos Comuns, anunciou hoje (19/05/09) a demissão, após acusações de alegadamente (alegadamente, pasme-se) ter consentido alegados (só alegados) abusos nas despesas de representação de alguns deputados; dois membros da Câmara dos Lordes foram hoje (20/05/09) suspensos (suspensos, a democracia inglesa está maluca!) por alegadamente (outra vez só alegadamente) terem aceitado dinheiro para votar projectos de lei.
Nenhum deles foi, pasme-se de novo, condenado por sentença transitada em julgado, e mesmo assim, pasme-se ainda mais, tiraram consequências políticas de alegações fundamentadas que os visavam. Então e aquela coisa da "presunção de inocência"? As democracias belga e inglesa têm que comer muita papa Maizena para chegarem aos calcanhares da nossa...
Crónica de Manuel António Pina no Jornal de Notícias, que reproduzo com vénia.
Está lapidar.
O meu agradecimento ao José, da Porta da Loja, por ter chamado a atenção para este excelente texto.
2 comentários:
Pode acrescentar esta:
Em 28 de Julho de 2008, uma cantora libanesa foi selvática e sadicamente esfaqueada num hotel no seu apartamento num luxuoso bairro do Dubai.
O autor moral do crime foi um dos homens mais ricos do Egipto, ligado ao partido do poder e amigo do filho do Presidente Mubarak. Apesar disso, foi julgado e ontem (menos de 10 meses depois do crime) condenado (desgraçadamente, à morte).
Imagina-se isto em Portugal?
Um crime em que está envolvido uma figura grada do regime a ser investigado e o seu autor descoberto, acusado e julgado?
Até já do Egipto recebemos lições em matéria de funcionamento da Justiça.
Li a notícia do meu comentário anterior aqui.
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