Sistema político apodrecido
No caso Inês de Medeiros que recentemente teve um desfecho, a Deputada foi muito criticada, e bem, pela gula que demonstrou em receber umas massas do erário público.
Mas para além das críticas a Inês de Medeiros, há uma outra que ainda não vi e que é de crucial importância: temos um sistema político que abre a porta a todos os desmandos e a todas as batotas.
E esse sistema é alimentado e surdamente defendido por todos, da esquerda à direita.
Como é que se compreende que um cidadão nascido e residente em Lisboa seja Deputado por Braga ou por Faro ?
Como é que se admite que esse cidadão depois receba ajudas de custo para ir visitar regularmente o local pelo qual foi eleito e que mal conhece ?
Isto abarca todo o sistema, desde o Parlamento às autarquias locais.
Em todas as eleições podemos detectar essa dança de cargos – Fulano não gosta de Fulana e por isso não aceita ser Deputado pelo mesmo círculo eleitoral da Fulana; por isso, como Fulano tem que ser Deputado, troca-se o círculo eleitoral e lá vai o dito Fulano recambiado para um círculo a 300 Km de distância.
Beltrano não aceita ser segunda figura no círculo X – por isso é deslocado para o círculo Y e aí é colocado no primeiro lugar.
E o povo, em nome do qual todas os Fulanos e todas as Fulanas enchem a boca, assiste impávido a esta pouca vergonha, muitas vezes sem sequer se aperceber da miséria moral e política que está na base dessa dança eleitoral.
Há mais de 20 anos que os Fulanos e as Fulanas falam na “urgência” de mudar o sistema político – entretanto vão passando os anos que lhes permitem ter reformas fabulosas – outro escândalo que parece passar ao lado dos comentadores, eles próprios também comprometidos em jogos de influência que num país decente levariam dezenas de Fulanos e de Fulanas para o banco dos réus e provavelmente para a cadeia.
Que raio de país ! Que tristeza de sistema !
Parafraseando Matilde Rosa Araújo, “mas quem é que me mandou nascer nesta terra” ?
Mas para além das críticas a Inês de Medeiros, há uma outra que ainda não vi e que é de crucial importância: temos um sistema político que abre a porta a todos os desmandos e a todas as batotas.
E esse sistema é alimentado e surdamente defendido por todos, da esquerda à direita.
Como é que se compreende que um cidadão nascido e residente em Lisboa seja Deputado por Braga ou por Faro ?
Como é que se admite que esse cidadão depois receba ajudas de custo para ir visitar regularmente o local pelo qual foi eleito e que mal conhece ?
Isto abarca todo o sistema, desde o Parlamento às autarquias locais.
Em todas as eleições podemos detectar essa dança de cargos – Fulano não gosta de Fulana e por isso não aceita ser Deputado pelo mesmo círculo eleitoral da Fulana; por isso, como Fulano tem que ser Deputado, troca-se o círculo eleitoral e lá vai o dito Fulano recambiado para um círculo a 300 Km de distância.
Beltrano não aceita ser segunda figura no círculo X – por isso é deslocado para o círculo Y e aí é colocado no primeiro lugar.
E o povo, em nome do qual todas os Fulanos e todas as Fulanas enchem a boca, assiste impávido a esta pouca vergonha, muitas vezes sem sequer se aperceber da miséria moral e política que está na base dessa dança eleitoral.
Há mais de 20 anos que os Fulanos e as Fulanas falam na “urgência” de mudar o sistema político – entretanto vão passando os anos que lhes permitem ter reformas fabulosas – outro escândalo que parece passar ao lado dos comentadores, eles próprios também comprometidos em jogos de influência que num país decente levariam dezenas de Fulanos e de Fulanas para o banco dos réus e provavelmente para a cadeia.
Que raio de país ! Que tristeza de sistema !
Parafraseando Matilde Rosa Araújo, “mas quem é que me mandou nascer nesta terra” ?
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