Cem anos de solidão
Aqui começa nova aventura.
A aventura da palavra sem autoridade para além do seu conteúdo.
A aventura da palavra sem autoridade para além do seu conteúdo.
Blog que trata dos livros, da leitura, da música e da reflexão política e social.
Posted by 100anos at 6:21 da tarde
8 comentários:
Estou ABSOLUTAMENTE curiosa!!!
Espero vir aqui, ler e aprender...
Estou ABSOLUTAMENTE curiosa.
Espero passar aqui muitas vezes...
Para ler e... aprender.
Lamento voltar a entrar no blog...mas, não resisto a deixar-lhe um outro comentário, critica, o que entender,...
Gostei do titulo....já li o Livro...sabe a que me refiro, é uma obra prima como tantos outros dele.
(Por acaso já leu "Amor em Tempo de Cólera"? Aposto que leu.)
Mas... o seu blog não deveria ter caneta azul...
Assim, não consigo ver os meus comentários ao seu trabalho, publicados, sem passarem pela sua censura....
Não é justo.
Ah!! Gostei do comentário que deixou no meu.
Até sempre....pois claro!
Mesmo que não deixe passar os meus comentários, há-de ter o castigo de ter o trabalho de os ler e censurar primeiro antes de os apagar.
PIM! Como dizia o Almada Negreiros...
A si, desejo-lhe no entanto, muitos 100 anos, mas não mais de solidão....
Caríssima,
Peço imensa desculpa, isto resulta da minha aselhice sobre estas coisas - tinha habilitado a moderação de comentários sem querer.
Muito obrigado pela sua visita e apareça sempre.
E... sim, já li "O Amor em tempo de Cólera".
Os "Cem Anos" marcaram-me muito.
Um dia hei-de escrever aqui o que me aconteceu quando li essa obra perfeitamente fantástica.
Pode escrever agora????
E já escreveu!
Me gustaría saber qué es lo que le emocionó de "100 anos de soledad".Me ha encantado su entrada acerca del anticlericalismo.Creo que usted lo ha expuesto muy bien
Olá Ala, obrigado pela visita.
O que me encantou nos Cem Anos de Solidão entre outras coisas foi o ambiente fantástico misturado com a cultura popular e com a erudição do autor.
Seguem abaixo as minhas impressões mais relevantes sobre o tema, arquivados algures neste blog:
Nesse Verão esteve um calor esbraseante.
Eu era adolescente e andaria pelos 15 a 17 anos.
Apanhei-me em férias e comecei a ler furiosamente tudo o que me chegava à mão (tinha descoberto há pouco tempo que havia literatura clandestina, proibida pelas autoridades, que era naturalmente a mais gostosa).
Várias pessoas que eu conhecia, adultos por quem tinha grande consideração, falavam dos “Cem Anos de Solidão” como um marco da literatura, escrito por um homem de esquerda que no Portugal de então não seria pessoa benquista.
Arquivei a informação.
Numa saltada a uma livraria descobri uma edição do livro – salvo erro da Europa-América – que comprei imediatamente.
Voltei para casa a meio da tarde, fui para o meu quarto e toca de ler, ler, ler.
Não me lembro do jantar desse dia, só me lembro de estar outra vez no meu quarto a ler.
Não parei até acabar.
Ou seja, não dormi até ao dia seguinte.
Nessa manhã quando dei por mim, excitadíssimo com a leitura, senti-me esquisito.
Fui por um termómetro – tinha febre, embora baixa.
Compreendi então que as sensações podem ser tão fortes que acabam por provocar consequências orgânicas.
Depois, com mais calma, reli várias partes do livro.
Assim começou a minha relação de admiração e de encantamento com esse homem portentoso que é Gabriel Garcia Márquez.
Aureliano Buendia tinha-se tornado um erudito, mas estava louco.
O filho, avisadamente, prendeu-o a uma árvore tentando limitar as aventuras daquele progenitor problemático.
O padre da aldeia passava ali frequentemente e conversava com Aureliano.
Um dia o padre não resistiu à curiosidade e perguntou-lhe porque estava preso a uma árvore, ele, pessoa erudita e sabedora.
"Hoc est simplicissimus", respondeu-lhe Aureliano - "porque estou louco".
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