Blog que trata dos livros, da leitura, da música e da reflexão política e social.


segunda-feira, novembro 20, 2006

Ler é o melhor remédio

Não há melhor sensação do que ler um livro agradável e ouvir música em fundo.
Gosto de ler tanta coisa que me vejo algo atrapalhado para definir as minhas preferências.
Leio ficção científica, contos policiais, romance histórico, clássicos.
Desde Isaac Asimov até Arthur Clark.
Desde Erle Stanley Gardner à inevitável Aghata Christie.
Aquilino, Dostoievski, Leon Uris, Gabriel Garcia Marquez, mais recentemente Fernando Campos.
E tantos e tantos outros (Dan Brown também, claro).
Cada vez leio menos ensaio e cada vez mais com menos prazer.
Talvez porque tenho cada vez menos fé na bondade do ser humano – interessa-me cada vez menos conhecer o bicho homem.
Ouvi numa rádio, neste último fim de semana, que segundo as estatísticas, os portugueses lêem cada vez menos – em média um cidadão português não chega a ler um livro... por ano !
O que diz bem do péssimo trabalho que tem vindo a ser feito nas últimas décadas pelos responsáveis da área da cultura, públicos e privados.
Custa-me imaginar qual deve ser o universo mental de um cidadão que não chega a ler um livro por ano.
E fico algo assustado com a ideia de que são tantos os que assim (não) fazem.

5 comentários:

Cleopatra disse...

Estou a ler "O tempo do espelhos" e, ao mesmo tempo "As pequenas Memórias"

Cada palavra do Júlio é uma análise completa de um homem.
Cada frase do Saramago é apenas uma memória.

LUA DE LOBOS disse...

temos algumas leituras em comum...Arthur C. Clark, Isaac Azimov... mas em lugares diferentes...um dia conto-te, é bem giro!!
xi
maria

100anos disse...

Ofereceram-me há dias "As pequenas memórias" de Saramago.
Ainda não tive pachorra para o abrir.
Ler Saramago é como comer um pedaço daqueles frutos tipo melancia, com uma casca ultra-grossa: é preciso escarafuchar até ao âmago para lhe saborear o doce, que às vezes nunca vem - e nem sempre um cidadão está para isso.

Cleopatra disse...

È verdade. Saramago é assim um pouco como uma melancia.
Mas a melancia é pior.
Nem sequer como....Acho que se desfaz na boca e depois não fica nada no fim...

Saramago já não é assim.
Ofereci há dias " As pequenas Memórias" de Saramago.
Não o fiz por ser uma admiradora ou viciada em Saramago.
Mas pela mensagem que fica do livro..
Por acaso esqueci-me de colocar a dedicatória... e era . - "À criança que foste, que só pode orgulhar-se do Homem que és."

Esqueci-me que maçada.
Talvez quando lhe oferecer "O Tempo dos Espelhos", consiga deixar a dedicatória no outro.

"O doce que nem sempre vem"...Por vezes vale a pena. Com a melancia não sei. ;)

100anos disse...

Pois, pois.
Depois é a mim que me foge o teclado para a provocação.

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