Contos Estelares - XVI
Mas afinal, o que (ou quem) são os Cylons ?
Os primeiros Cylons foram fabricados pelos humanos – eram uma espécie de super-robots com forma humanóide dotados de um cérebro que no fundo era um super-hiper micro-computador; eram agradáveis, simpáticos e educados, estavam programados para isso, em obediência às três leis fundamentais da robótica, que basicamente estabeleciam que um robot tem sempre que obedecer a uma ordem humana, salvo se essa ordem implicar a destruição de vidas humanas, inclusive da vida do próprio humano que dá a ordem.
O passo lógico seguinte foi o fabrico de robots que fabricassem outros robots cada vez mais sofisticados.
Um belo dia um desses robots fabricantes avariou.
Essa avaria implicou a desrespeito das três leis da robótica.
Infelizmente a avaria não era evidente e esse mesmo robot avariado esteve ainda longo tempo a fabricar outros robots, todos eles com uma maior ou menor avaria.
E todos eles deixaram subtilmente de obedecer às leis da robótica.
Até que um dia aconteceu o impensável, embora retrospectivamente se pudesse dizer que dadas as circunstâncias, era inevitável.
Um homem perturbado desatou aos pontapés a um Cylon, que aguentou estoicamente o castigo.
Até ao momento em que o homem lhe deu um pontapé no lado direito da cabeça, onde estava situado o computador; por infeliz coincidência esse pontapé exacerbou a parte do cérebro robótico ligada à agressividade e à auto-defesa.
Quando o homem se preparava para lhe ferrar o segundo e derradeiro pontapé (que iria desactivar o robot, causando-lhe uma lesão igual à morte nos humanos), o robot reagiu e comunicou-lhe que não devia continuar.
O homem não ligou à advertência e ferrou-lhe mesmo o pontapé – mas nesse momento já o pontapé foi muito amortecido pelas defesas automáticas do robot, que, reagindo, lhe aplicou um golpe de mão em cutelo, espécie de “Karaté” robótico – no pescoço.
E assim o primeiro ser humano foi morto por um robot.
Esse mesmo robot ligou imediatamente os circuitos de recuperação de danos e rapidamente se tornou mais forte e mais inteligente que anteriormente.
Organizou-se, juntou os outros robots e rodeou-se deles.
Quando os homens descobriram o que se passava, já era tarde.
O robot tinha-se tornado num ídolo e já passara à história com um cognome que manteve sempre: “Idiot Killer”.
(continua)
2 comentários:
Isto vai ser uma história de terror. Já olhei para o lava-loiça com medo. E se fosse, por acaso, um robô destes disfarçado de lava-loiça, e decide lutar comigo? Não estou penteada para a ocasião!
Aiiii...Eu não gosto nada de Cylons!
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