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segunda-feira, abril 16, 2007

Contos Estelares – XVIII

Seldom e Terminus - Fundação


“Quem diabo é Hari Seldom ?”, indagou Neves.

Funes encarregou-se de explicar tudo.
Corria uma história publicada por Isaac Asimov que começa por descrever um planeta gigantesco mas com uma força da gravidade igual à da Terra; nesse planeta e planetas próximos a humanidade medrou extraordinariamente.
O planeta chamava-se Trantor.

O livro chamar-se-ia Fundação.
Em data indeterminada Trantor deixou de ter terra livre, estava literalmente todo ocupado na sua superfície, por isso os seus dirigentes enveredaram por culturas hidropónicas e pelo desenvolvimento do sub-solo.

O planeta estava a regurgitar de gente e era governado com pulso de ferro por um regime autoritário.
Hari Seldom era um dos seus mais conhecidos e respeitados cientistas e tinha desenvolvido uma nova ciência, a psico-história, que através de cálculos matemáticos e da teoria das probabilidades conseguia descobrir as tendências da evolução das sociedades com um impressionante grau de precisão.
Até aí, no problem.

O problema era que Hari Seldom tinha previsto uma época de depressão e desgoverno de Trantor que se aproximava rapidamente.
Segundo os seus cálculos Trantor ia cair na anarquia dentro do curtíssimo período de 10 anos.
Foi o escândalo: Seldom e o seu grupo de seguidores na universidade foram não só expulsos da universidade como do próprio planeta.
Foram degredados para o espaço exterior, para um planeta pequeno e escuro,a que chamaram Terminus.
A Fundação era o destino e o objectivo de todos que trabalhavam no planeta.
Seldom acreditava que se iriam seguir tempos de barbárie, mas se conseguisse fazer um apanhado geral de todo o conhecimento científico humano seria possível reduzir essa barbárie a pouco tempo.
Com base numa das suas teorias – a teoria de que a civilização tinha horror ao vazio – vaticinava que num mundo de barbárie quem estivesse equipado com fortes valores civilizacionais muito rapidamente ocuparia todo o espaço disponível.

A civilização e a cultura só param quando encontram outras civilizações ou culturas; enquanto não as encontrarem irão ocupar todo o espaço deixado pela barbárie.
Os nossos amigos astronautas tinham “tropeçado” na comunidade cientifica/culturalmente mais evoluída de toda a galáxia.
(continua)

4 comentários:

Cleopatra disse...

"O planeta estava a regurgitar de gente e era governado com pulso de ferro por um regime autoritário. "

Isto tem alguma coisa a ver com a UNI??

Neves de ontem disse...

Até no conto Funes tem de me explicar as coisas. Parece ter sido escolhido por mim como "professor/explicador virtual".

Neves de ontem disse...

Queria fazer uma petição: podia ser a engenheira neves na estória?
Eu canto pior que o Zé Cabra.

hahaha :) :) :)

António Conceição disse...

Pois, eu tenho que explicar sempre tudo, mas o meu cachet é igual ao da engenheira Neves.

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