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sexta-feira, junho 19, 2009

As aventuras da Tareca (2)


A Tareca era uma gatinha minúscula, era difícil reconhecer personalidade e individualidade àquela coisita tão pequena.
Um dia fez uma asneira qualquer e eu desatei a ralhar com ela.
Qual não é o meu espanto quando a gatinha se vira para mim e me dá uma espécie de rosnadela, que devidamente traduzida significaria “vai chatear o Camões” !
Foi quando eu compreendi que a Tareca tinha mau feitio.
Mais ou menos por essa altura compreendi outra coisa: quando a gatinha fazia disparate grosso, a primeira coisa que fazia era raspar-se que nem um relâmpago.
Um dia apercebi-me de um rasto cinzento que parecia voar baixinho – logo a seguir ouvi o barulho de uma cadeira a cair – tinha sido a Tareca que se empoleirou numa cadeira, mas na cadeira estava pendurado um casaco pesado, alterando drasticamente o seu centro de gravidade – logo que se apercebeu que a cadeira ia cair, a gatinha pisgou-se com a velocidade de um raio e já estava noutro sítio qualquer no momento da queda.
Hoje, com cerca de 7 anos, a gatinha Tareca é uma adulta, ainda meio desvairada mas já com uma noção da sensatez de uma felina que se respeita.

1 comentário:

Teresa disse...

E até é da idade de Agri, que vai fazer sete anos :)

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