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terça-feira, janeiro 02, 2007

Tribunais - visita ao passado



O Crimson King Court é um tribunal, digamos, diferente.

9 comentários:

100anos disse...

Foi há tantos anos !
Como mais tarde diria o Bob Seeger, “we were young, and strong and we were running against the wind”.
Hoje estamos cá poucos.
A maioria ficou pelo caminho – são os nossos mortos, uns mais queridos que outros, memórias que ficaram e que agora só existem nas cabeças dos poucos malucos sobreviventes.

Ni disse...

...
O que é 'há tantos anos'?
O que é 'poucos'?
...
Tempo é uma noção que acaba por ser anulada por uma palavra mágica que utilizaste noutra frase: MEMÓRIA.
O que existe na nossa memória não foi, é.
E malucos/as ousam dizer hoje, no agora, no presente:

'We are young and strong and we are running against the wind'.

...

Ni

(E permite-me que faça um comentário, indirectamente associado a esta ideia-força.... a tua imagem da máscara nunca a associei a Carnaval em Veneza - gostaria de conhecer Veneza, não gosto do Carnaval... cansei-me de o viver todos os dias no país em que vivemos! - mas à Commédie Française... à l'art de l'esprit.... dessa nação onde teve raiz o início da liberdade, numa marcha de mulheres rumo a Versailles, clamando 'nous voulons du pain'... em 1789... E nada na Europa voltou a ser igual. Foi há tanto tempo? Não... é agora. Todos os dias... em que lutamos e defendemos a amada liberdade.)

100anos disse...

De acordo, Nina,
Concordo que o tempo é uma realidade muito relativa – tão relativa, tão relativa, que acaba por ser um dos elementos-chave da Teoria da Relatividade.
O “há muito tempo” pode ter sido ontem como pode ter sido há 30 anos.
Digamos que para mim e neste contexto o “há muito tempo” significa outro espaço, outra vida, outras responsabilidades, outros protagonistas.
Estão todos na memória, claro.
Hoje sinto-me menos “young” e menos “strong”.
E correr contra o vento já não faz tanto sentido, porque, entre outras coisas, o vento hoje sopra de vários quadrantes e dantes soprava sempre do mesmo lado...
Sabes a história dos 4 ventos e das lareiras ?
Um dia um amigo perguntou-me se lareira cá de casa aguentava todos os ventos sem meter fumo para dentro da habitação.
Eu, pouco habituado a tal terminologia, perguntei-lhe que raio de pergunta era aquela.
Ele respondeu-me que as lareiras aguentam sempre bem os ventos de pelo menos 3 direcções; o problema é se aguentam devidamente o vento vindo da 4ª direcção, o que no caso da minha lareira é o vento Norte.
Não lhe soube responder, na altura.
Hoje sei que, quando bate forte a nortada, a minha lareira só tem uma forma de a contrariar: é ter uma fortíssima chama com uma elevada força ascensional.
Por outras palavras e voltando ao Bob Seger: só mesmo quando a chama está bem forte é que faz sentido correr “against the wind”.
Pode-se ouvir a música aqui
(Sobre a máscara, falamos noutra altura).
Abraço,

Cleopatra disse...

Comecemos por Veneza...
É linda.
vale a pena...
Tem um som que nenhuma cidade tem...
Tem umas noites que nenhuma cidade tem...
tem um violino e um piano em cada esquina..
Uma voz em cada canal...
Um som que nenhuma cidade tem...

Tive a sorte de a visitar com tudo o que ela tem de bom e eu também...
Fiquemos-nos por ora , por Veneza.


Há um texto sobre Veneza, no Cleopatramoon.
É o das cerejas.

Qto ao vento...
...eu só gosto de caminhar contra o vento...
Não gosto que me empurrem, nem de me despentear...

Cleopatra disse...

Eu só voltei por causa disto:
100anos disse...
Gostei da fotografia que ilustra a poesia: o mar a bater na rocha (e o mexilhão a lixar-se, claro...)

02 Janeiro, 2007 14:44

Explique-me lá esta..."figura de estilo!".

100anos disse...

Então a Cleópatra não conhece a famosa frase "o mar bate na rocha e quem se lixa é o mexilhão" ?
Tem a ver com o país em que vivemos.
Quer um exemplo ?
Lembra-se do escândalo do Hospital de Évora em que morreram alguns doentes devido a um filtro avariado na hemodiálise ?
Não se lixou nenhum médico, não se lixou o Estado, não se lixou nenhum administrador hospitalar forreta.
Quem se lixou foi o... canalizador, remember?
Pois.
O canalizador é o mexilhão, cara amiga.

Cleopatra disse...

Ora bolas!
Eu a falar de amor, de tatuagens, de poemas e Vexa vem-me com o canalizador!
Ora....

100anos disse...

Se eu fosse canalizador
Chateava-me com a senhora
Lá porque uso um cravador
Não sou menos que a “setora”

Também posso querer poesia
Tatuagens, dizeres belos como a flor
E com certeza que também ia
Um ou outro poema de amor

Cleopatra disse...

Humm UM cravador....?
Gemas? Pedras preciosas?...hummmm

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