Blog que trata dos livros, da leitura, da música e da reflexão política e social.
Hoje tropecei numa canção dos Eagles e lembrei-me da minha juventude inconsciente.Tinha 28/29 anos, era um jovem profissional cheio de confiança em si próprio, saído de um “namoro histórico” (daqueles que leva uns anos largos e depois não dá em nada por absoluta incompatibilidade de feitios...) e... estava cheio de pena de mim próprio !(Ter confiança em mim próprio e ao mesmo tempo ter pena de mim próprio não era uma contradição para mim, na época).Então, vingava-me: solteiro e bom rapaz, livre e alodial, fruto apetecível para meninas casadoiras e não só, atravessei uma época mitológica em que namorei todas as meninas “namoráveis” de determinada região Sul (se me escapou alguma, aqui e agora peço desculpa e prometo que na próxima incarnação não escapa).A minha vida era um virote, andava sempre em grandes correrias para alcançar as namoradas a tempo e horas.Estava na moda uma canção dos Eagles, “Take it to the limit”.Imaginem então que a minha loucura inconsciente juvenil me levava a cruzar as variadíssimas estradas do sul (na altura não havia auto-estradas) em alta velocidade, num bom carro, a ouvir aos berros o “Take it to the limit” e a levar efectivamente ao limite as loucuras na estrada.Não sei se sabem, mas aquelas estradas eram mortíferas – todos os dias havia acidentes horríveis com mortos e feridos por todo o lado.No meio de tal confusão dantesca, e apesar de ser um louco, sobrevivi.Não é surpreendente ?Cá vai a letra da cançãoTake it to the limit(Eagles)All alone at the end of the of the eveningAnd the bright lights have faded to blueI was thinking ’bout a woman who might haveLoved me and I never knewYou know I’ve always been a dreamer(spent my life running ’round)And it’s so hard to change(can’t seem to settle down)But the dreams I’ve seen latelyKeep on turning out and burning outAnd turning out the sameSo put me on a highwayAnd show me a signAnd take it to the limit one more timeYou can spend all your time making moneyYou can spend all your love making timeIf it all fell to pieces tomorrowWould you still be mine?And when you’re looking for your freedom(nobody seems to care)And you can’t find the door(can’t find it anywhere)When there’s nothing to believe inStill you’re coming back, you’re running backYou’re coming back for moreSo put me on a highwayAnd show me a signAnd take it to the limit one more timeTake it to the limitTake it to the limitTake it to the limit one more time
Tinha 28/29 anos, era um jovem profissional cheio de confiança em si próprio, saído de um “namoro histórico” (daqueles que leva uns anos largos e depois não dá em nada por absoluta incompatibilidade de feitios...) e... estava cheio de pena de mim próprio !(Ter confiança em mim próprio e ao mesmo tempo ter pena de mim próprio não era uma contradição para mim, na época).Então, vingava-me: solteiro e bom rapaz, livre e alodial, fruto apetecível para meninas casadoiras e não só, atravessei uma época mitológica em que namorei todas as meninas “namoráveis” de determinada região Sul (se me escapou alguma, aqui e agora peço desculpa e prometo que na próxima incarnação não escapa).A minha vida era um virote, andava sempre em grandes correrias para alcançar as namoradas a tempo e horas.Estava na moda uma canção dos Eagles, “Take it to the limit”.Imaginem então que a minha loucura inconsciente juvenil me levava a cruzar as variadíssimas estradas do sul (na altura não havia auto-estradas) em alta velocidade, num bom carro, a ouvir aos berros o “Take it to the limit” e a levar efectivamente ao limite as loucuras na estrada.Não sei se sabem, mas aquelas estradas eram mortíferas – todos os dias havia acidentes horríveis com mortos e feridos por todo o lado.No meio de tal confusão dantesca, e apesar de ser um louco, sobrevivi.Não é surpreendente ?
Cá vai a letra da canção
Take it to the limit(Eagles)All alone at the end of the of the eveningAnd the bright lights have faded to blueI was thinking ’bout a woman who might haveLoved me and I never knewYou know I’ve always been a dreamer(spent my life running ’round)And it’s so hard to change(can’t seem to settle down)But the dreams I’ve seen latelyKeep on turning out and burning outAnd turning out the sameSo put me on a highwayAnd show me a signAnd take it to the limit one more timeYou can spend all your time making moneyYou can spend all your love making timeIf it all fell to pieces tomorrowWould you still be mine?And when you’re looking for your freedom(nobody seems to care)And you can’t find the door(can’t find it anywhere)When there’s nothing to believe inStill you’re coming back, you’re running backYou’re coming back for moreSo put me on a highwayAnd show me a signAnd take it to the limit one more timeTake it to the limitTake it to the limitTake it to the limit one more time
A menina com quem namorei e de cujo namoro desisti (aliás com a sua inteira concordância) é hoje uma Senhora materfamilias, muito bem casada e muito realizada profissional, social e economicamente.Eu idem, substituindo o "mater" por "pater".De onde se conclui sem margem para dúvidas que fizemos a opção certa.Juventude inconsciente sim, ma non troppo...
Hummm ............gosto do carro!
Já consegue ouvir a música, Cleópatra ?
Bom dia!Baixei isso, mas ainda não ouço nada. Dantes ouvia a música, até a canção de Patxi Andion. Houve um momento que vi a janelinha fechada com a cruz, e desde então sempre vejo o mesmo. Vou perguntar a um amigo que está sempre na internet. Eu preferia a canção "Hotel California", embora fosse muito jovem nessa altura tive uma história de amor PLATÓNICO relacionado com essa canção. A música de Cem traz-me sempre lembranças do começo da minha adolescência. Ontem perguntei-lhe a uma colega na sala de aulas de português (ela é um pouco mais velha do que eu) -lembras-te de Patxi Andion? e respondeu -não me lembro bem, era um cantor? que cantava?.Sabem que há 40 anos da publicação de "Cem anos de solidão", e que o autor faz 80? Vão fazer uma edição especial. No "Círculo de Bellas Artes" estão a ler a obra inteira o tempo todo. Até já.PS: O Cem mora no Sul, em Faro por acaso?
Não, Neves, moro na região de Lisboa, mas tenho boas ligações familiares no Baixo Alentejo e todos os anos no Verão passo algum tempo na zona de Vila Nova de Milfontes.Fico penalizado se não se conseguir ouvir a música, pois o texto tem sempre alguma coisa a ver com ela, sem música perde-se parte da ideia.Obrigado pela dica do GGM, espero ainda hoje colocar um post sobre ele.
Bom dia!Esquecí fazer o comentário da estória do jovem Cem sedutor de meninas. Se na próxima incarnação fosse uma portuguesa do Sul e coincido no tempo e espaço com o Cem, prometo deixar-me seduzir por ele e compartilharlo com todas as meninas casadeiras do Sul e o Baixo Alentejo.
Obrigado pelo voto de apoio e confiança, Neves.Nota que me refiro às meninas casadoiras "e não só", pois já em jovem eu era um democrata com a vocação da "abrangência", hehehe.
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7 comentários:
A menina com quem namorei e de cujo namoro desisti (aliás com a sua inteira concordância) é hoje uma Senhora materfamilias, muito bem casada e muito realizada profissional, social e economicamente.
Eu idem, substituindo o "mater" por "pater".
De onde se conclui sem margem para dúvidas que fizemos a opção certa.
Juventude inconsciente sim, ma non troppo...
Hummm ............gosto do carro!
Já consegue ouvir a música, Cleópatra ?
Bom dia!
Baixei isso, mas ainda não ouço nada. Dantes ouvia a música, até a canção de Patxi Andion. Houve um momento que vi a janelinha fechada com a cruz, e desde então sempre vejo o mesmo. Vou perguntar a um amigo que está sempre na internet. Eu preferia a canção "Hotel California", embora fosse muito jovem nessa altura tive uma história de amor PLATÓNICO relacionado com essa canção. A música de Cem traz-me sempre lembranças do começo da minha adolescência. Ontem perguntei-lhe a uma colega na sala de aulas de português (ela é um pouco mais velha do que eu) -lembras-te de Patxi Andion? e respondeu -não me lembro bem, era um cantor? que cantava?.
Sabem que há 40 anos da publicação de "Cem anos de solidão", e que o autor faz 80? Vão fazer uma edição especial. No "Círculo de Bellas Artes" estão a ler a obra inteira o tempo todo. Até já.
PS: O Cem mora no Sul, em Faro por acaso?
Não, Neves, moro na região de Lisboa, mas tenho boas ligações familiares no Baixo Alentejo e todos os anos no Verão passo algum tempo na zona de Vila Nova de Milfontes.
Fico penalizado se não se conseguir ouvir a música, pois o texto tem sempre alguma coisa a ver com ela, sem música perde-se parte da ideia.
Obrigado pela dica do GGM, espero ainda hoje colocar um post sobre ele.
Bom dia!
Esquecí fazer o comentário da estória do jovem Cem sedutor de meninas. Se na próxima incarnação fosse uma portuguesa do Sul e coincido no tempo e espaço com o Cem, prometo deixar-me seduzir por ele e compartilharlo com todas as meninas casadeiras do Sul e o Baixo Alentejo.
Obrigado pelo voto de apoio e confiança, Neves.
Nota que me refiro às meninas casadoiras "e não só", pois já em jovem eu era um democrata com a vocação da "abrangência", hehehe.
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