Não li... e não gostei !
Foi assim que Manuel António Pina se referiu ao livro que Manuel Maria Carrilho escreveu e que apresentou há uns meses.
Pois eu, apesar de ter lido “A Profecia Romanov” de Steve Berry, estou com MAPina na apreciação final: não gostei.
Parece um livro escrito por Dan Brown antes de ter escrito “O Código Da Vinci”, uma versão preparatória e apagada deste último.
Tem uma trama policial com episódios algo forçados e pouco verosímeis, passando-se a acção na Rússia pós-soviética e nos Estados Unidos, com amplas descrições das organizações criminais russas.
Muito antes de me interessar pelo romance histórico, já eu lia os policiais da colecção “Vampiro”: a trama policial de Steve Berry não tem o encanto da de um Raymond Chandler, de um Ellery Queen, de um Erle Stanley Gardner.
Pareceu-me que tinha muito músculo e pouco cérebro.
Não recomendo, portanto.
Pois eu, apesar de ter lido “A Profecia Romanov” de Steve Berry, estou com MAPina na apreciação final: não gostei.
Parece um livro escrito por Dan Brown antes de ter escrito “O Código Da Vinci”, uma versão preparatória e apagada deste último.
Tem uma trama policial com episódios algo forçados e pouco verosímeis, passando-se a acção na Rússia pós-soviética e nos Estados Unidos, com amplas descrições das organizações criminais russas.
Muito antes de me interessar pelo romance histórico, já eu lia os policiais da colecção “Vampiro”: a trama policial de Steve Berry não tem o encanto da de um Raymond Chandler, de um Ellery Queen, de um Erle Stanley Gardner.
Pareceu-me que tinha muito músculo e pouco cérebro.
Não recomendo, portanto.
3 comentários:
Bom dia!
As vezes lê umas coisas o senhor Cem anos! e depois se queixa! Prefiro dizer o mesmo do título: Não li... e não gostei. Penso que há muitos livros interessantes para lermos. Há muitos anos li um livrinho dos ultimos dias do zarismo e, para mim, já chegou o assunto. Em miuda sonhava com morar dentro duma biblioteca. Agora tenho muitos livros à espera para serem leidos na minha casa. Um dos últimos que comprei foi a Poesia (1980-2005) de Luis Garcia Montero. Dado que hoje é São Valentim, vou deixar uma poesia dele aqui como prenda para os apaxionados que entrem neste blog e para o blogueiro e para Ni e Cleopatra:
EL AMOR
Las palabras son barcos
y se pierden así, de boca en boca,
como de niebla en niebla.
Llevan su mercancía por las conversaciones
sin encontrar un puerto,
la noche que les pese igual que un ancla.
Deben acostumbrarse a envejecer
y vivir con paciencia de madera
usada por las olas,
irse descomponiendo, dañarse lentamente,
hasta que a la bodega rutinaria
llegue el mar y las hunda.
Porque la vida entra en las palabras
como el mar en un barco,
cubre de tiempo el nombre de las cosas
y lleva a la raíz de un adjetivo
el cielo de una fecha,
el balcón de una casa,
la luz de una ciudad reflejada en un río.
Por eso, niebla a niebla,
cuando el amor invade las palabras
golpea sus paredes, marca en ellas
los signos de una historia personal
y deja en el pasado de los vocabularios
sensaciones de frío y de calor,
noches que son la noche,
mares que son el mar,
solitarios paseos con extensión de frase
y trenes detenidos y canciones.
Sí el amor, como todo, es cuestión de palabras,
acercarme a tu cuerpo fue crear un idioma.
Obrigado, Nieves.
Li... e gostei.
A expressão
Sí el amor, como todo, es cuestión de palabras,
acercarme a tu cuerpo fue crear un idioma
Lembra-me um verso do Jorge Palma numa canção linda (Estrela do Mar) em que a dado passo, descrevendo o seu encontro com a Estrelinha diz que "inscrevemos no espaço um novo alfabeto".
Ora vejam:
Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
e em que o sono parecia disposto a não vir
fui estender-me na praia sozinho ao relento
e ali longe do tempo acabei por dormir
Acordei com o toque suave de um beijo
e uma cara sardenta encheu-me o olhar
ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar
Sou a estrela do mar
só a ele obedeço, só ele me conhece
só ele sabe quem sou no princípio e no fim
só a ele sou fiel e é ele quem me protege
quando alguém quer à força
ser dono de mim
Não sei se era maior o desejo ou o espanto
mas sei que por instantes deixei de pensar
uma chama invisível incendiou-me o peito
qualquer coisa impossível fez-me acreditar
Em silêncio trocámos segredos e abraços
inscrevemos no espaço um novo alfabeto
já passaram mil anos sobre o nosso encontro
mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar
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